O felino selvagem desse mês é o estonteante Leopardo-nebuloso!
Harry é o perfeito exemplo da pelagem incrível que deu o nome a esses felinos |
Os leopardos-nebulosos são divididos em duas sub-especies bastante similares em aparência e comportamento (Neofelis nebulosa e Neofelis diardi, que são um pouco menores e têm a pelagem mais escura) e vivem predominantemente nas florestas da Ásia Oriental (Sumatra, Bornéu, Malásia, Nepal e sul da China). Apesar do nome, esses felinos não são leopardos! Assim como os leopardos-das-neves, os leopardos-nebulosos são da mesma família que leões, tigres e onças.
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Os caninos enormes da bela Mandalay |
Os leopardos-nebulosos são perfeitamente adaptados à floresta, chegam a parecer um esquilo gigante subindo e descendo das árvores, tamanha a agilidade! As pernas são curtas e musculosas, a cauda longa ajuda a manter o equilíbrio e as patas possuem garras especialmente afiadas. Curiosamente, as patas traseiras possuem juntas extremamente flexíveis nos tornozelos, que podem se dobrar para frente ou para trás.
Harry aos 16 anos |
Esse é um felino raramente observado no seu habitat natural, então ainda não se sabe muitos detalhes do comportamento social. Acredita-se que, como a grande maioria dos gatos, são solitários e predominantemente noturnos. Entre os leopardos-nebulosos em cativeiro, a maturidade sexual ocorre aos 2 anos. O período de gestação é entre 85 e 90 dias e normalmente a ninhada é de dois filhotes, que nascem no verão (dezembro a abril). Com 10 semanas de idade os filhotes já são independentes da mãe e começam a se aventurar sozinhos.
Ben demonstrando a longa cauda (Foto: J. Sawczyn) |
Atualmente os leopardos-nebulosos são considerados como "vulnerável" em seu habitat natural. Além da perda de território para fazendas de plantação intensiva de palmeiras. A caça ainda é problema, apesar de ser proibida por lei. Desde 1998 existe um programa de reprodução em cativeiro, com a participação mundial de mais de 70 zoológicos e instituições similares que contam com cerca de 250 felinos, eventualmente alguns filhotes serão enviados de volta ao habitat natural, promovendo a diversidade genética que garante a continuação da espécie!
Bea
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